A prática de quebrar um comprimido pela metade para alcançar a dose desejada faz parte da rotina de muitas pessoas, mas o que muitos não sabem é que essa prática pode prejudicar o tratamento ou expor o paciente a uma baixa ou superconcentração do medicamento, podendo deixar o paciente vulnerável a efeitos tóxicos ou diminuir a resposta terapêutica, comprometendo a eficácia da substância.
Os principais motivos que levam a este manuseio incluem a necessidade de ajuste da dose, facilidade de deglutição e economia financeira. Porém, esse tipo de prática é contraindicado, já que o processo de partição é impreciso, pois partir um comprimido não garante que se está tomando exatamente “meia dose”, já que com métodos caseiros, é impossível se comprovar que as duas partes são iguais, considerando também que há a possibilidade de haver perdas quando o comprimido “esfarelar”, não garantindo as doses de cada tomada e também contaminação, ao entrar em contato com utensílios de cozinha.
Em relação à marcação (sulcos) que existe em alguns comprimidos, é válido salientar, que em sua maioria se trata apenas de uma marca deixada pelo molde que alguns laboratórios usam para compactar o medicamento, não indicando de que aquele remédio pode ser cortado ao meio. Mesmo assim, existe um aparelho específico para esse uso, o que, ainda assim, não garante uniformidade das partes.
Há também aqueles que esmagam o medicamento ou abrem as cápsulas para “facilitar” a ingestão, o que modifica a forma original, interferindo diretamente na eficácia terapêutica, já que os medicamentos são produzidos pensando na sua biodisponibilidade. Por exemplo, existem comprimidos que liberarem os ativos de forma gradual (liberação controlada), drágeas, que têm camada rígida para proteção do conteúdo e comprimidos com revestimento entérico, que protegem contra o ácido do estômago, garantindo que sua ação inicie no intestino. Portanto todo manuseio em casa com os medicamentos pode modificar a disponibilidade da substância química ativa, visto que tal ação compromete a integridade do medicamento da composição.
Nas bulas dos medicamentos consta a advertência: “Este medicamento não pode ser partido ou mastigado“, mas muitos médicos e prescritores orientam essa prática. A solução segura para este manuseio, é a FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO, já que abre um leque de opções para o médico ou prescritor adequar a dose para cada paciente, onde o paciente levará para casa o estritamente necessário para seu tratamento, sem ter que partir ou interferir na integridade da fórmula e também sem sobras, gerando economia, segurança e evitando também a automedicação. O médico ou prescritor pode fazer uma nova prescrição para que o medicamento seja manipulado com a dosagem exata ou solicitar que que a farmácia de manipulação realize a transformação do medicamento, como por exemplo transformar comprimidos em outras formas de apresentação, como gotas, xaropes e suspensões.
Consulte seu médico ou farmacêutico da FARMAFÓRMULA!