Conhecida como “redução do estômago” este procedimento muda a forma original do estômago e reduz sua capacidade de receber alimentos, dificultando a absorção. Com a diminuição da ingestão de alimentos e absorção de nutrientes alguns pacientes podem apresentar diversas deficiências nutricionais de vitaminas e minerais, como ferro, ácido fólico, vitaminas do complexo B, dentre outras, e, portanto, a suplementação oral é necessária para normalizar os níveis séricos e minimizar os sintomas pós cirúrgicos, atingindo, assim, a ingestão diária recomendada. Uma queixa comum de alguns pacientes é a queda de cabelo, que pode ser solucionada ou controlada através da suplementação com biotina, ferro, zinco e outras vitaminas do complexo B.
Quando se trata de cirurgias, normalmente só se pensa no sucesso e resultado do processo. Mas essa realidade vem mudando nos últimos anos, onde a prática de acompanhar a saúde do paciente, vai muito além da consulta habitual e risco cirúrgico de praxe, sendo cada vez mais comum o cuidado com o paciente no momento pré cirúrgico.
Na cirurgia bariátrica, em especial, esta atenção é fundamental, já que o perfil dos pacientes são de obesos, muitas vezes diabéticos, hipertensivos, depressivos, com Doença do Refluxo Gastroesofágico, com apneia do sono, dentre outras dificuldades, sendo assim, necessário que os pacientes sejam rastreados quanto as suas dificuldades, como deficiência de micronutrientes e problemas metabólicos de longo prazo, se fazendo necessário alguns ajustes, com a contribuição de um nutricionista ou médico bariátrico, tanto no momento pré cirúrgico, como continuando no pós cirúrgico.
Para a suplementação, apesar de existirem diversos suplementos no mercado, fórmulas manipuladas são um diferencial para estes pacientes, pois podem ser personalizadas, ou seja, ajustadas com a necessidade individual de cada paciente. Através das farmácias de manipulação, é possível elaborar fórmulas vitamínicas e de minerais de diversas combinações, na dose desejada, e às vezes com um custo semelhante ou menor aos padronizados na indústria.
Além da dose necessária para seu paciente, o prescritor pode optar pela forma farmacêutica, que mais se encaixa naquele momento pós cirúrgico, já que existe sensibilidade e dificuldade de deglutição, principalmente nos primeiros 30 dias, garantindo assim a melhor adesão e diminuindo o sofrimento do paciente, que muitas vezes já é polimedicado.
Formas farmacêuticas que não precisem do esforço para deglutir, como comprimidos mastigáveis, trufas, gomas e tabletes, e fórmulas líquidas, como gotas, ou em pó, como sachês, podem ser indicadas.
Vale ressaltar que, é importante consultar um nutricionista ou médico para uma suplementação personalizada, sendo importante este acompanhamento nos primeiros anos, após a cirurgia, como também a longo prazo.